Encontro de coordenadores do Ensino Médio Inovador - cobertura

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O Instituto Anísio Teixeira – IAT recebeu, entre 18 e 20 de abril de 2012, o encontro de coordenadores do Programa Ensino Médio Inovador - PROEMI. O programa integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE como estratégia do governo federal para induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

O objetivo do PROEMI é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos estudantes e as demandas da sociedade contemporânea.

“Na Bahia, o programa começou a funcionar em 2010 com o objetivo de manter o aluno na escola. O governo estava muito preocupado com a evasão, e com a quantidade de jovens que estavam fora da sala de aula, e resolveu transformar a escola para poder incentivar esses alunos a voltarem para lá”, afirmou Naura Paes, representante da Superintendência da Educação Básica - SUDEB no evento.

O projeto de reestruturação curricular possibilita o desenvolvimento de atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento a partir de oito macrocampos: Acompanhamento Pedagógico; Iniciação Científica e Pesquisa; Cultura Corporal; Cultura e Artes; Comunicação e uso de Mídias; Cultura Digital; Participação Estudantil e Leitura e Letramento.

Segundo Naura, o programa traz para a escola uma ampliação de carga horária em atividades optativas. “O aluno é quem escolhe o que ele quer fazer além do currículo formal e das aulas regulares. As escolas da Bahia oferecem oficinas ligadas a quatro dimensões, que são o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia. Algumas escolas oferecem, também, oficinas de teatro, música, dança, e isso tem trazido o aluno de volta para a escola e tem garantido a diminuição do índice de evasão”, completou.

Apresentação - No evento, ocorreu a apresentação de alguns projetos do programa, dentre eles, o “Afrodescendência: construindo identidade”, do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, de Itapetinga, que conta em vídeo a história oral do Rio de Contas. “Esse trabalho foi dividido em várias etapas. Uma delas foi a atividade interdisciplinar com a leitura do livro ‘Ser negro no Brasil hoje’. Depois vieram as questões técnicas para a produção do vídeo. Por último, fizemos a viagem de campo com três grupos de cinco séries dos turnos matutino e duas do vespertino”, contou Leandra Couto Rocha, professora de história do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães e articuladora do ensino médio inovador.

Outro trabalho apresentado foi o desenvolvido pela professora Zuma Castro, do Colégio Estadual Professor Aloísio Dias, de Mutuípe, no Vale do Jequiriçá. Ela desenvolveu uma oficina de redação nas redes sociais. “Pensamos, inicialmente, de que forma o nosso aluno, sem experiência profissional, pode se projetar no mercado de trabalho utilizando a rede social. Começamos com uma oficina de redação utilizando a plataforma do facebook. Então, o primeiro texto de produção de redação foi a criação do currículo pessoal na rede, onde eles colocariam experiências das oficinas que participaram”, detalhou Zuma.

Além disso, outras atividades foram incorporadas ao currículo. “A análise de texto, da ortografia e tudo o mais que a gente vai desenvolvendo na escola, utilizamos agora na plataforma do facebook para potencializar a escrita”, completou Zuma.

Plantando a paz - O projeto desenvolvido pelo diretor Wellington Ferreira Pires, do Colégio Estadual Doutor Luis Rogério de Souza, localizado no subúrbio ferroviário de Salvador, tem como eixo central promover a paz, a educação e o conhecimento. Além disso, tem o intuito de estimular a interdisciplinaridade. “A gente trouxe a ideia do girassol para fazer a sensibilização com os alunos, os pais e as pessoas que chegam. Distribuímos sementes de girassol e depois pedimos para plantar em um copinho. Quando estiver crescendo, pedimos para que tragam uma muda para a escola”, observou Wellington.

Implantado em 2007, o Plantando a Paz teve início com a criação de uma horta, utilizada como recurso didático nas aulas. “Programas como este trazem recursos para a escola e é muito importante porque eles, por tabela, trazem desenvolvimento”, completou o diretor.

A adesão ao Programa Ensino Médio Inovador é realizada pelas secretarias de educação estaduais e distrital. As escolas de Ensino Médio receberão apoio técnico e financeiro através do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE para a elaboração e o desenvolvimento de seus projetos de reestruturação curricular.

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